sábado, 30 de novembro de 2013

A FARSA do desarmamento, bem ao lado do Galeão, porta de entrada dos turistas!

A Ilha do Governador já foi um bairro do Rio de Janeiro exaltado pela qualidade de vida. Sobre ele escreveram, com nostalgia, Vinicius de Moraes, que lá passou a infância nos anos 1920, e Rachel de Queiroz, que morou ali duas décadas depois. Uma ilhota bem ao lado sedia a Universidade Federal do Rio de Janeiro. Outra, conhecida como Galeão, é a porta de entrada dos milhões de estrangeiros que chegam à cidade pelo Aeroporto Internacional Tom Jobim. Pois nessa área, onde residem 211 000 pessoas e circulam acadêmicos, estudantes e turistas, ainda hoje um reduto da classe média, quem manda e desmanda é um barão das drogas: Fernando Gomes de Freitas, 35 anos, um dos traficantes mais poderosos e sanguinários do Rio e o que há mais tempo escapa por entre os dedos da polícia - no dia 1º de dezembro faz uma década que ele se estabeleceu no comando. Temido, temperamental, sempre cercado de seguranças, Fernandinho Guarabu, seu nome de guerra, controla o transporte, o gás, a TV a cabo, os bailes funk, a religião e, claro, a vida e a morte nos seus domínios.

O conjunto de favelas colado ao segundo aeroporto mais importante do país é uma fortaleza patrulhada dia e noite por um exército armado com mais de 200 fuzis, granadas, coletes e até armamento antiaéreo plantado nos becos. Drogas são vendidas abertamente nas ruelas. O QG de Fernandinho fica no Complexo do Dendê, por onde ele perambula com seus carrões, joias e roupas de grife, dormindo cada noite em um lugar (tem sete filhos com sete mulheres) e brandindo sua arma favorita, o fuzil AK-47 - "igual ao do Bin Laden", como gosta de enfatizar. Nessa década de impunidade, colecionou catorze mandados de prisão por oito homicídios, além de tráfico de drogas, armas e extorsão. Jamais foi detido. Ele garante a liberdade na ponta da calculadora, num exemplo contundente de como a corrupção policial pode ser decisiva para a manutenção de um reinado de horror: o chefão do Dendê paga cerca de 300  000 reais por mês em propinas.



VEJA ouviu mais de uma dezena de policiais com passagem pela Ilha do Governador e deles obteve ampla confirmação do propinoduto. "Lá no batalhão a gente brinca que o Dendê é o Citibank", diz um sargento com quase uma década de experiência na área. "Os preços variam de 450 a 550 reais por dia de serviço no meio de semana, e até 1 000 no fim de semana, que é pra deixar o baile em paz", conta um soldado. Uma das mais espantosas investigações ainda em curso sobre a quadrilha indica a participação no esquema até mesmo de uma equipe do Bope, a tropa de elite carioca. Sai caro: 12 500 reais por plantão. Outra parte do pagamento vem em forma de mimos e favores. Certa vez, ao descobrir que um PM não estava conseguindo bancar a festa de 15 anos da filha, o chefão pagou a conta. Em outra ocasião, mandou entregar picanha e linguiça para um churrasco no batalhão, e assim manteve os policiais longe das ruas em um dia de ação mais ostensiva do tráfico.

Leia mais: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/e-tudo-isso-bem-ao-lado-do-galeao

2 comentários:

  1. DENDÊ .... O CITYBANK.... COM SUA AK 47.... É A MAIOR PROVA DE QUE O ESTADO CORRUPTO TEM QUE SER ENFRENTADO.... QUE SUAS REDES TEM QUE PAGAR PARA PODER MANDAR CARNETS NA COMUNIDADE... QUE SE VACILA ... O BICHO PEGA.... A BALA COME...... QUE POLICIA TAMBÉM É GENTE.... QUE CHEFE É CHEFE.....

    ResponderExcluir
  2. DENDÊ.... O CITYBANK.... COM SUA AK 47..... UM ESTADO DENTRO DO OUTRO... ONDE MANDA A COMUNIDADE E VAGABUNDO CORRUPTO DO GOVERNO .... OBEDECE.....

    ResponderExcluir